Filho lá do sertão
Eu sou aquele menino
qui nasceu lá no sertão
Vim de uma família pobre
mas com amor no coração
Eu não falo daquele amor
como de um casal de namorado
qui na primeira briguinha
esta tudo acabado
Eu falo daquele amor paterno
Eu falo do amor de irmão
qui por mais que tombo que leva
nunca fica no chão
Também quero falar de mim
que sou filho lá do sertão
qui nem podia sonhar
pois não tinha cama, nem colchão
O tempo foi passando
meus cabelos esbranquiçaram
Mas ainda sou aquele menino
qui deixou seus sonhos guardados
Eu hoje sou um homem feliz,
mas não estou realizado
mas já tenho cama e colchão,
Já posso sonhar deitado
O troco da natureza
Naqueles campos bonitos
Onde tinha matas e flores
Tinha lindas borboletas
Sabias e beija-flores.
Quando anoitecia o dia
A natureza era uma festa
Com cantos de pássaros
Ela ficava amais bela
Tinha uma cachoeira
Um rio pra pesca
Era mesmo um tesouro
Que eu não soube aproveita
Foi na minha ignorância
Ou até mesmo sem pensa
Eu peguei a foice e o machado
E fui com tudo acaba
Derrubei aquelas matas
Plantei milho e feijão
Fiz pasto e criei boi
Acabei com aquele chão
Eu fiquei rico depressa
A natureza me ajudou
Mas não vejo mais a floresta
E o rio já secou.
Hoje tudo é tristeza
Não tenho sono pra dormi
Não vejo mais aquelas matas
Que eu mesmo destruí.
E aquela linda cachoeira
Que brilhava ao por do Sol
Eu olho e não vejo mais nada
Só existe pedra e pó
As águas se acabaram
Não chove neste lugar
Não tem vida, nem riqueza
É o troco que a natureza dá.
Antônio Santana (Brito)
Alessandro
Meu mundo
não me limita de entender as transformações,
de apreciar a cultura, a religiosidade e o que é bonito.
Bem como ser solidário e fazer amigo.
Lurdes
Nossa aluna mais experiente
Flor em pessoa,
Pela sua sensibilidade e pelo seu carinho, é por todos muito querida,
que desde a infância,em vez de brinquedos, preferia flores rosas e margarida.
Rosinei e Tonho
Minha amiga de infância,
Companheira de sala e de brincadeira.
Hoje nossa aluna que nos encanta com sua
Simplicidade e suas lembranças.
Tonho
Marido de Rosinei
Primeiro queria assinar o nome para se casar
Hoje quer ler e escrever
para carteira de habilitação tirar.
Maria Carolina e José Ailton
Maria voltou a estudar
para aprimorar a leitura e a interpretação.
E assim, compreender a literatura Ágape,
de Padre Marcelo, de quem é fã de coração.
Zezinho seu esposo já tem outra intenção
quer tirar carteira e ficar em dia com a legislação.
Antônio Santana
Para ganhar sustento da vida, Menino lá do sertão,
deixou de estudar na época convencional,
mas não de buscar conhecimento e instrução,
Hoje, com as experiências adquiridas
É sábio, é poeta que nos transmite cultura e emoção.
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